quinta-feira, 14 de julho de 2011

Memorial curso formadores.

A minha vida sempre foi pontuada por desafios. Assim, como não poderia deixar de ser, o Curso de formadores presenciais que estamos prestes a encerrar foi classificado como mais um. Primeiro porque a minha área de atuação antes de prestar serviços para a Escola de Governo, não tive experiências na área de educação como formador. O mais próximo disto se deu quando tinha de explanar algum trabalho na frente dos colegas nos tempos de ensino médio.

Nascido e criado em Brasília, sempre me inclinei aos estudos ligados à administração de empresas; assim obtive o certificado de auxiliar de escritório no ensino médio, pelo saudoso Colégio Elefante Branco. Após isto senti a necessidade de trabalhar e infelizmente não dei a devida importância à continuação dos estudos. Com dedicação exclusiva ao trabalho logo estava exercendo a função de auxiliar de almoxarifado (administração de materiais) e com esforço cheguei anos depois a gerente de depósito. Depois de anos e anos de trabalho alcancei o cargo de gerente financeiro na última empresa da iniciativa privada que atuei. Nesta senti o peso da falta de estudos, o que me impulsionou a cursar a faculdade de administração de empresas, no entanto, logo após foi convidado a entrar no setor público e mais uma vez aceitei desafio de recomeçar praticamente do zero, numa área até então desconhecida por min.

Hoje lotado na Escola de Governo do Distrito Federal, iniciei a minha carreira como servidor público com o intuito de aplicar o meu conhecimento adquirido durante anos na iniciativa privada na área administrativa, tanto parte teórica como na prática na qual minha bagagem é maior. Pela falta de contato como formador  resolvi me escrever no curso piloto de Formador de Formadores e somar um pouco de conhecimento que será muito importante para os serviços para o qual foi nomeado.

Durante o curso foi interessante perceber como o processo de ensino-aprendizagem ocorre sob diferentes óticas teóricas, onde os métodos pedagógicos e até mesmo a própria definição não se aplica da mesma maneira no ensino de adultos, diferentemente do aplicado ao ensino infanto-juvenil.  Ainda percebi que existe ciclo de duas vias (ida e volta) entre o aluno e o professor que ao ensinar também acumula uma experiência de evolução de conhecimento.

Para chegar a qualquer objetivo é preciso planejamento, por isto foi importante ter contato com instrumentos como o plano de aula e a utilização do mapa conceitual apoiado por um contrato didático que regem todo o relacionamento entre o professor e o aluno.

Ainda vimos que a dinâmica de ensino-aprendizagem é suportada pela pesquisa, instrumento importante para criação e manutenção do pensamento crítico, ponto fundamental para que os objetivos esperados das instituições de ensino sejam alcançadas e em particular os da Escola de Governo, que tem como missão: “Fortalecer as instituições do GDF, objetivando a melhoria contínua dos serviços públicos e do atendimento ao cidadão, desenvolvendo as competências gerenciais, técnicas e comportamentais dos seus dirigentes e servidores”.

Portanto, a minha experiência como formador ainda está  na teoria mesmo porque tive pouco contato por este lado. Enquanto servidor, espero poder apoiar os projetos pedagógicos da Escola de Governo pelo meio dos serviços administrativo que estou preparado. Ao terminar este curso espero que minha contribuição ganhe qualidade, além demais estarei capacitado através dos conteúdos recebidos neste periodo.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Andragogia, ensinando e aprendendo com adultos.

No segundo módulo do Curso de Formação de Formadores Presenciais foi lançado o desafio de explanar sobre dois termos; andragogia e a neurociência na educação de adultos. Após pesquisar sobre os temas, observamos que havia uma dificuldade estranha em chegar a definições que pudéssemos considerar corretas, pois as pistas deixadas por alguns autores pesquisados nos deixaram em dúvidas.

Chegamos a conclusão que este fato ocorria porque os princípios da andragogia que estamos estudando, estão em plena atividade e não poderíamos simplesmente aceitar as definições impostas como verdades absolutas, já que o processo de aprendizagem para adulto, como a andragogia define, ocorre de uma maneira diferente; somos adultos e além disto, neste momento éramos os “cientistas e as cobaias” ao mesmo tempo. Por isso para passar a segunda parte deste texto, o desenvolvimento, pedimos licença para inverter o sentido normalmente utilizado e concluir; Andragogia é a arte e ciência de ensinar adultos a aprender através de técnicas pedagógicas específicas.

A confusão começa quando alguns definem pedagogia e andragogia como técnicas diferentes e que não podem ser relacionadas diretamente. Primeiro porque a palavra pedagogia tem origem na Grécia antiga, paidós (criança) e agogé (condução), daí pedagogia é educação para crianças onde existe a figura do professor que tem o conhecimento e a função unidirecional de passar este mesmo conhecimento aos alunos, afirmam certos autores.

Já o termo andragogia foi introduzido pelo alemão Alexander Kapp em 1833 e popularizado pelo educador Malcolm Knowles, principalmente através do livro que trata sobre educação de adultos (Adult Leaner), publicado no Brasil com o título de Aprendizagem de Resultados. Neste livro Knowles define seis conceitos fundamentais sobre andragogia.

  • Necessidade de saber. Um adulto tem que saber por que ele necessita aprender algo;


  • Autoconceito de aprendiz. Um adulto já tem certo conhecimento e não quer partir do zero em um processo de aprendizado;


  • O papel da experiência. Além de conhecimento o adulto também tem experiências e que quer que isto seja levado em consideração;


  • Prontidão para aprender. Está relacionado a utilidade deste aprendizado e como isto irá influenciar de imediato a sua vida;


  • Orientação para aprendizagem. O aprendizado é direcionado para utilização imediata onde se questiona; para quê que eu preciso disto?


  • Motivação. Considera como motivação externa como melhoria no salário, melhoria de posição ou motivação interna como o desafio de obter um autoconhecimento maior.


  • Na andragogia a figura do professor e substituída pela do facilitador que tem a função de criar uma aula onde haja interação e troca de experiência entre as pessoas de uma forma que pode até ser confundido com um aluno, pois ele aprende tanto quanto, utilizando instrumentos como debates, estudos de casos, simulações, etc.

    Utilizando um conceito mais abrangente e que concordamos ser mais apropriado "pedagogia tem como objetivo principal a melhoria no processo de aprendizagem dos indivíduos, através da reflexão, sistematização e produção de conhecimentos. Como ciência social, a pedagogia esta conectada com os aspectos da sociedade e também com as normas educacionais do país".  Acreditamos assim que a andragogia não é muito diferente da pedagogia e sim que esta completa a primeira, conforme a definição colocada anteriormente.

    Fonte: http://www.suapesquisa.com/o_que_e/pedagogia.htm

    quarta-feira, 1 de junho de 2011

    Videos

    Aprender a aprender
    Enquanto preparamos o conteúdo sobre andragogia e neurociência, veja este video que fala sobre as dificuldades no processo de aprendizagem.